28

September

2017

Comprometimento tubário unilateral e infertilidade

Conhecer a situação atual do comprometimento tubário unilateral no âmbito da infertilidade.

Introdução

O fator tubário é uma das principais causas de infertilidade feminina. A doença inflamatória pélvica e a salpingite, estão associados frequentemente com danos, cicatriz e obstrução das trompas. A histerossalpingografia (HSG), mesmo com baixa sensibilidade, permanece como exame diagnóstico de primeira linha para avaliar a patência tubária. A HSG não permite diferenciar se a obstrução tubária é transitória ou patológica, e também não informa se a função da trompa está preservada. Em caso de obstrução tubária bilateral, está indicada a laparoscopia para avaliar não apenas a patência, mas também doenças pélvicas que poderiam ser tratadas cirurgicamente nesta mesma ocasião, ou esta paciente poderia ser encaminhada para fertilização in vitro (FIV). A conduta nas pacientes com comprometimento tubário unilateral ainda é bastante discutida: cirurgia laparoscópica, FIV ou indução da ovulação (IO) seguida de inseminação intra-uterina (IIU) são citadas como opções de tratamento.

Objetivo

Conhecer a situação atual do comprometimento tubário unilateral no âmbito da infertilidade.

Método

Foi realizada uma pesquisa e seleção de artigos na base de dados do Pubmed.

Resultados

Muitos estudos tem apresentado taxas de gravidez similares entre pacientes com infertilidade inexplicada e obstrução tubária unilateral que foram submetidas à IO e IIU. Esta conduta parece ser a mais adotada para o tratamento inicial por muitos centros devido ao método ser não-invasivo e custos mais baixos em relação à FIV ou cirurgia tubária. Yetkin Yildirim et al, relataram em seu trabalho que a patência unilateral da tuba é suficiente para a ocorrência de gravidez, conforme observado em um estudo de seguimento de pacientes que foram submetidas à salpingectomia por gravidez ectópica, apresentando taxas de gravidez espontânea em 64% das pacientes. A obstrução tubária pode ser proximal ou distal, tendo a primeira resultados melhores, devido a ocorrência de resultado falso-positivo da HSG. Esta obstrução pode ser transitória como: espasmo cornual, tampão mucoso ou debris celulares. A obstrução distal geralmente reflete uma doença tubária verdadeira.

Conclusão

a IO com IIU deve ser sugerida como tratamento inicial na obstrução tubária unilateral. Mais estudos são necessários para estabelecer apropriado manejo destas pacientes.

Referências bibliográficas

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Publicado por
Andréia Colombo Losso

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