Introdução
Embora a inseminação intrauterina possa ser realizada em um ciclo natural, ela é frequentemente associada à estimulação ovariana com o objetivo de aumentar as taxas de gravidez. Nesse contexto, três drogas têm sido amplamente utilizadas: o citrato de clomifeno, o letrozol e as gonadotrofinas.
Objetivo
Determinar quais os tipos de indução de ovulação são utilizadas em tratamentos de reprodução humana de baixa complexidade, bem como seus resultados.
Métodos
Pesquisa de estudos, na base Medline, através do PubMed.
Resultados
Nos estudos existentes, a estimulação ovariana para inseminação intrauterina pode ser realizada por meio de medicamentos de uso oral, como o clomifeno e o letrozol, ou de drogas de uso injetável, como as gonadotrofinas. Em um estudo de Coorte retrospectivo, Huang et al concluiu que o letrozol pode aumentar as taxas de nascidos vivos sem aumentar as taxas de gestação múltipla em relação ao ciclo natural. Em uma metanálise de rede, Danhof et al concluiu que a indução com gonadotrofinas apresentou maiores taxas de nascidos vivos e de gravidez em curso em comparação à inseminação intrauterina de ciclo natural, porém as taxas de gestação múltipla também aumentaram, o que sugere a necessidade de protocolos rígidos de cancelamento de ciclo se mais de 3 folículos. Em uma revisão sobre diagnóstico e manejo da infertilidade evidenciou-se que, em pacientes com SOP, a estimulação ovariana é imprescindível para o sucesso do tratamento e o agente de primeira linha para essa população é o letrozol. O estudo concluiu, ainda, que a realização de 3 a 4 ciclos de inseminação intrauterina, antes de instituir terapias de alta complexidade, é oportuna, bem como atentar-se para a idade materna.
Conclusão
Não existe consenso sobre qual a melhor droga para estimulação ovariana em um ciclo de inseminação intrauterina. Sabemos que a indução ovariana aumenta as chances de gravidez, porém a droga de escolha deve ser individualizada e, sempre que possível, levar em consideração as expectativas do casal.
Artigo para leigo
A inseminação é uma técnica de Reprodução Assistida de baixa complexidade, onde após preparar o sêmen, os espermatozoides são colocados dentro do útero da mulher, com a finalidade de engravidar. Para aumentar as chances de gravidez é possível utilizar medicações capazes de estimular os ovários para obtenção de um óvulo maduro. Essas medicações podem ser de uso oral, como o clomifeno e o letrozol, ou de uso injetável, como as gonadotrofinas. Podemos, ainda, associar as drogas de uso oral com as injetáveis para melhorar as chances de conseguir o óvulo. Apesar de não existir um consenso sobre qual a melhor droga para realizar a estimulação ovariana, é importante saber que esses medicamentos podem selecionar mais de 3 óvulos ao mesmo tempo, sendo necessário cancelar o ciclo de inseminação quando isso ocorre para evitar os riscos e as complicações de uma gestação gemelar. Portanto, levar em consideração o desejo do casal na tomada de decisão e individualizar cada caso é a chave para o sucesso da inseminação intrauterina.
Referências bibliográficas
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