21

March

2019

Estado atual do ERA

Durante o ciclo menstrual, o estrogênio permite proliferação de células estromais e glandulares, e alongamento de artérias espiraladas. Já a progesterona, após a ovulação, leva a alterações secretoras onde o endométrio adquire o fenótipo receptivo.

Introdução

Durante o ciclo menstrual, o estrogênio permite proliferação de células estromais e glandulares, e alongamento de artérias espiraladas. Já a progesterona, após a ovulação, leva a alterações secretoras onde o endométrio adquire o fenótipo receptivo. Após o preparo natural do endométrio, espera-se que aconteça a implantação, que é marcada pela aposição e fixação do blastocisto na camada epitelial endometrial, seguido pela invasão do trofoblasto. A implantação ainda se mostra um passo limitador na taxa de sucesso de FIV. O diagnóstico de falha de implantação recorrente é denominado por três falhas de FIV com embriões morfologicamente bons e tem diversas causas, como: mioma submucoso, pólipo, hiperplasia endometrial, hidrossalpinge, endometrite, sinéquias, anormalidades cromossômicas embrionárias, estilo de vida, hereditárias e trombofilias. Sabe-se que 25,9% das pacientes com falha de implantação recorrente tem sua janela de implantação deslocada. A implantação deve ocorrer na janela de implantação endometrial que ocorre no 19º ao 20º dia permanecendo por 4-5 dias, momento em que a progesterona apresenta níveis máximos. Para diagnóstico desta janela foram estudados diversos critérios como os critérios de Noyes ,que já caíram em desuso. Outros marcadores histológicos os pinopods, Marcadores Bioquímicos como Integrinas, fator inibidor de leucemia, homeobox A10, Mucina 1, Calcitonina, COX 2 e marcadores moleculares que são denominados “Omics” e atualmente a transcriptomia é considerada a tecnologia mais estabelecida. Métodos: Pesquisa de estudos na base Medline, por intermédio do PubMed. Resultados: A transcriptomia do endométrio é um estudo de expressão gênica que permite diagnosticar a receptividade endometrial. Com esta tecnologia foi desenvolvido o teste Endometrial Receptivity Array (ERA), que é um microarray personalizado baseado na assinatura transcriptômica do endométrio humano. Este teste contém 238 genes acoplados a um computador que permite diagnosticar a fase endometrial em pré-receptivo, receptivo e pós-receptivo. Para definir a expressão gênica foram realizadas biópsias endometriais nos dias 1-12 da fase proliferativa; LH+1-LH+5 pré-receptiva; LH+7 Receptiva e LH+9-LH+11 pós-receptiva definindo as amostras para moldar o teste. Para utilizar este teste deve se realizar uma biópsia em LH+7 ( ciclo natural ) e P+5 ( ciclo induzido), onde, será avaliado se o endométrio se encontra na fase de implantação, após este diagnóstico sabe-se que esta janela não se altera nos próximos 29-40 meses. Se biópsia se mostrar não receptiva, nova biópsia para datar a janela deve ser realizada e o computador recomenda um dia específico. Este teste seria indicado em falha de implantação recorrente, 1º falha de FIV com transferência de 2 embriões bons, endometriose, adenomiose, endometrite crônica, endométrio fino ou espesso persistente. Estas indicações tem como objetivo evitar desperdício de embriões, sofrimento emocional, físico e financeiro. A desvantagens são teste invasivo, necessidade de congelar embrião e custo. Conclusão: Baseado na leitura de diversos estudos, sugere-se que o teste ERA tem espaço nas pacientes com falha de implantação recorrente, já que, em torno de 25% destas pacientes, tem sua janela de implantação alterada, mais estudos são necessários. É sempre importante avaliar múltiplos fatores nestes casos.

Referências bibliográficas:

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Publicado por
Alyssa Montoro Françozo Miranda

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